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ADAPTAÇÕES CARDIOVASCULARES EM PRATICANTES DE CORRIDA DE RUA
Corrida de Rua

 

ADAPTAÇÕES CARDIOVASCULARES EM PRATICANTES DE CORRIDA DE RUA

 

Fala galera, tudo bem?

Vamos entender o que são essas adaptações cardiovasculares!!!

 

sistema cardiovascular, formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos, é o sistema responsável por garantir a circulação de sangue por todo nosso corpo.

Quando falamos em adaptações cardiovasculares, falamos em respostas que o exercício proporciona ao sistema cardiovascular, as principais respostas são: Adaptações agudas e crônicas.

 

 

Efeitos agudos do exercício físico sobre a função cardiovascular

O exercício físico caracteriza-se por uma situação que retira o organismo de sua homeostase, pois implica no aumento instantâneo da demanda energética da musculatura exercitada e, consequentemente, do organismo como um todo. Assim, para suprir a nova demanda metabólica, várias adaptações fisiológicas são necessárias e, dentre elas, as referentes à função cardiovascular durante o exercício físico.

 

Como estamos falando de Praticantes/atletas de corrida de rua precisamos entender o que é exercício aeróbio e treinamento aeróbio, então vamos lá!

 

exercício aeróbico é aquele praticado com grandes massas musculares por um tempo prolongado e de forma rítmica, cujo o metabolismo predominante utilizado para geração de energia é o aeróbio (presença de oxigênio). BRUM, P.C., 2002

 

Treinamento aeróbio determina importantes adaptações nos sistemas cardiorrespiratórios e neuromuscular, que aumentam a oferta de oxigênio do ar atmosférico para a mitocôndria, permitindo, ainda um controle mais refinado do metabolismo muscular. DENADAI, et.al., 2005.

 

 

Durante a pratica da corrida de rua temos como efeito agudo as seguintes alterações:

- Aumento da FC;

- Aumento da PA durante o exercício;

- Aumento do consumo de O2;

Melhor retribuição sanguínea.

Seguindo o raciocínio, vamos entender

 

 

Efeitos crônicos do exercício físico sobre a função cardiovascular

 

Várias sessões de exercícios provocam adaptações crônicas que podem ser chamadas de respostas ao treinamento físico (HAMER, 2006).

 

Quando o praticante de corrida de rua tem uma regularidade em seu programa de treinamento é possível observar ao longo do prazo melhoras significativas, dentre elas são:

 

- Diminuição da FC em repouso;

- Diminuição da FC em exercício;

- Melhora na Recuperação da FC;

 

No tocante à frequência cardíaca, vários estudos têm demonstrado uma relação direta entre a frequência cardíaca de repouso ou submáxima e risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, ou seja, indivíduos com menor frequência cardíaca em repouso ou menor taquicardia durante o exercício físico submáximo apresentam menor probabilidade de desenvolverem cardiopatias (SECCARECIA & MENOTTI, 1992).

 

- Diminuição da PA em repouso;

- Diminuição da PA em exercício;

 

Há um consenso na literatura de que o treinamento físico leva à diminuição da pressão arterial de repouso (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2002).

- VASOS SANGUÍNEOS – (distribuição do sangue, eficácia no transporte de nutrientes e oxigênio).

- ↑ NUMERO DE CAPILARES – (facilitando os nutrientes e oxigênio dos vasos para o músculo esquelético).

- MAIOR ECONOMIA DO MIOCÁRDIO (devido o aumento da câmara cardíaca).

 

A insuficiência cardíaca é uma síndrome clínica caracterizada por anormalidades da função do ventrículo esquerdo e regulação neuro-hormonal, que resulta em intolerância aos esforços, retenção de fluído e redução da longevidade (PACKER, 1997). Representa um importante problema de saúde pública, considerando-se sua morbi-mortalidade e prevalências crescentes.

 

Dentro dessa proposta de estudar a insuficiência cardíaca, temos verificado que o exercício físico representa, hoje, uma alternativa extremamente importante no tratamento desses pacientes. Nesse sentido, constatamos que quatro meses de um programa de treinamento físico aeróbio, com intensidade entre o limiar anaeróbio até 10% abaixo do ponto de compensação respiratória melhora significativamente a capacidade física desses pacientes com complicações cardíacas (ROVEDA, MIDDLEKAUFF, RONDON, REIS, SOUZA, NASTARI, BARRETO, KRIEGER & NEGRÃO, 2003).

 

Mais importante ainda foi o fato de verificarmos que a atividade nervosa simpática muscular é muito reduzida após esse programa de exercícios físicos. Sendo essa redução tão expressiva, que chegou a normalizar a atividade nervosa simpática muscular (ROVEDA et al., 2003). Outro resultado marcante foi que o fluxo sanguíneo muscular aumentou proporcionalmente à redução da atividade nervosa simpática muscular (ROVEDA et al., 2003). 

Destes resultados, três aspectos muito importantes emergem. Primeiro, o treinamento físico melhora a qualidade de vida do paciente com diminuição na frequência cardíaca intrínseca. Mais recentemente, observamos que os mecanismos envolvidos na bradicardia de repouso pós treinamento físico sofrem influência da modalidade do treino, visto que em ratos submetidos ao treinamento físico de baixa intensidade com natação, a bradicardia está associada ao aumento ao tônus vagal cardíaco (MEDEIROS, OLIVEIRA, GIANOLLA, CASARINI, NEGRÃO & BRUM, no prelo).

 

Além de sofrer influência da modalidade de treinamento, o mecanismo envolvido na bradicardia de repouso também se modifica no processo de doenças cardiovasculares, como, a hipertensão arterial. Assim, em ratos espontaneamente hipertensos, observamos que bradicardia de repouso pós-treinamento está associada à diminuição do tônus simpático cardíaco (GAVA et al., 1995). Essa resposta foi, na época, surpreendente uma vez que a hiperatividade simpática observada nos ratos hipertensos foi normalizada pelo treinamento físico.

 

Dentre as adaptações da frequência cardíaca ao treinamento físico também está a menor resposta taquicardia durante a execução de exercícios físicos em mesma intensidade absoluta. Nesse sentido, observamos menor resposta taquicardia ao exercício progressivo em ratos normotensos treinados quando comparados aos sedentários (NEGRÃO, MOREIRA, BRUM, DENADAI & KRIEGER, 1992a).

 

Em relação ao balanço autonômico durante esse exercício incremental, observamos uma progressiva retirada vagal seguida por uma intensificação simpática. Ao estudarmos os mecanismos envolvidos na menor resposta taquicardia ao exercício físico, observamos uma modificação no balanço autonômico cardíaco pós-treinamento.

 

Dentro dessa proposta de estudar a insuficiência cardíaca, temos verificado que o exercício físico representa, hoje, uma alternativa extremamente importante no tratamento desses pacientes. Nesse sentido, constatamos que quatro meses de um programa de treinamento físico aeróbio, com intensidade entre o limiar anaeróbio até 10% abaixo do ponto de compensação respiratória melhora significativamente a capacidade física desses pacientes com complicações cardíacas (ROVEDA, MIDDLEKAUFF, RONDON, REIS, SOUZA, NASTARI, BARRETO, KRIEGER & NEGRÃO, 2003).

 

Mais importante ainda foi o fato de verificarmos que a atividade nervosa simpática muscular é muito reduzida após esse programa de exercícios físicos. Sendo essa redução tão expressiva, que chegou a normalizar a atividade nervosa simpática muscular (ROVEDA et al., 2003). Outro resultado marcante foi que o fluxo sanguíneo muscular aumentou proporcionalmente à redução da atividade nervosa simpática muscular (ROVEDA et al., 2003). 

 

Destes resultados, três aspectos muito importantes emergem. Primeiro, o treinamento físico melhora a qualidade de vida do paciente com insuficiência cardíaca. Segundo, o treinamento físico pode corrigir a disfunção neurovascular na insuficiência cardíaca. E, terceiro, concluindo se que a atividade nervosa simpática muscular está diretamente relacionada ao prognóstico de vida do paciente com insuficiência cardíaca e o treinamento físico provavelmente melhora o prognóstico de vida desses pacientes, embora esse ponto ainda necessite de comprovação científica mais específica.

 

Dica: A corrida é extremamente benéfica se realizada corretamente, procure alternar seus treinos trabalhando as variáveis específicas da sua modalidade esportiva, ex: corrida (educativos, propriocepção, alongamentos e treinamento de força). É importante entender o seu corpo para iniciar os exercícios e contar com a ajuda de um profissional de Educação Física especializado.

Vamos correr?

Prof. Ms. Alessandro Rocha

Diretor técnico

Assessoria Personal Run Ltda Me

www.personalrun.com.br

 

 

Referências:

BRUM, P.C.; SILVA, G.J.J.; MOREIRA, E.D.; IDA, F.; NEGRÃO, C.E.; KRIEGER, E.M.  Exercise training increases baroreceptor gain-sensitivity in normal and hypertensive rats. Hypertension, Dallas, v.36, p.1018-22, 2000.

BRUM, P.C.; KOSEK, J.; PATTERSON, A.; BERNSTEIN, D.; KOBILKA, B.  Abnormal cardiac function associated with sympathetic nervous system hyperactivity in mice.  American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology, Bethesda, v.283, p.H1838-45, 2002.

FORJAZ, C.L.M.; RAMIRES, P.R.; TINUCCI, T.; ORTEGA, K.C.; SALOMÃO, H.E.H.; IGNÊS, E.C.; WAJCHENBERG, B.L.; NEGRÃO, C.E.; MION JUNIOR, D.  Post-exercise responses of muscle sympathetic nerve activity, and blood flow to hyperinsulinemia in humans.  Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.87, n.2, p.824-9, 1999.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA.  IV diretrizes brasileiras de hipertensão arterial.  Campos do Jordão: SBH/SBC/ SBN, 2002.  p.40.

 

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